Protozoário presente em todos os lugares e que atinge o corpo humano, em especial o Globo Ocular, o toxoplasma é o agente causador da toxoplasmose. Segundo o oftalmologista do Hospital de Olhos de Sergipe (HOS) especialista em retina clínica pela USP e em Uveítes e Ultra-sonografia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Fábio Morais, o toxoplasma pode causar infecção em várias regiões do corpo, sendo a toxoplasmose ocular uma das principais causas de uveíte (inflamação ocular) no Brasil.
“A toxoplasmose é muito frequente em Sergipe, atingindo desde recém nascidos a idosos, sendo mais comum no adulto jovem. O toxoplasma atinge a retina e se estende para outras partes do olho. Seus principais sintomas são embaçamento visual, causando uma baixa de visão, sensação de pontos pretos, chamada de ‘mosca volante’, e olho vermelho”, explica o médico.
De acordo com ele, o diagnóstico é basicamente feito com exame oftalmológico. “Após as queixas do paciente, é feito o exame de fundo de olho. Também fazemos uso de exame de sangue para dar um respaldo maior.
A principal forma de contágio apontada pelo oftalmologista é através da ingestão de alimentos e água contaminada, além de alimentos mal cozidos, como a carne. A toxoplasmose não é transmitida pelo contato físico, mas uma importante causa da doença é a forma congênita. Animais domésticos, principalmente os gatos, também podem representar um alerta, pois o protozoário pode ser eliminado através das fezes do animal. “Uma forma rara de transmissão seria por meio de agulhas contaminadas ou de transplantes, porém é muito pouco”, completou.
Tratamento
Fábio Morais afirma que a toxoplasmose, normalmente, é uma doença que tem tratamento. “O número de medicamentos hoje é maior e o tratamento é longo, em torno de quatro semanas. Mas a melhora ocorre a depender da localização da lesão”, comentou.
No entanto, apesar de haver cura, esta é uma doença que apresenta muitas recidivas, ou seja, quem já teve tem chance de ter novamente. “O mais frequente é que o paciente tenha uma nova crise em um ano ou mais, aproximadamente. Por isso, quem já teve deve se policiar, porque uma nova crise é sim possível. Mas com um atendimento rápido e a realização do tratamento de forma precoce, a possibilidade de cura aumenta e as chances de seqüelas diminuem”, revelou o especialista.
Principais formas de prevenção:
– higiene de forma geral
– evitar consumo de alimentos pré-cozidos, como carne de porco e de boi
– evitar água contaminada
– as frutas e demais alimentos devem sempre ser bem lavados
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