O Diabetes, quando não controlado, pode afetar muitas áreas do nosso corpo pelo excesso de glicose no sangue, como a disfunção e falência dos rins, do sistema nervoso, do coração e dos vasos sanguíneos. Para além de todos esses possíveis efeitos negativos, outro grande risco é a retinopatia diabética. Segundo a organização Mundial de Saúde, o Brasil possui 16 milhões de pessoas com diabetes e , de acordo com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 405 das pessoas com diabetes são afetadas pela retinopatia diabética.
Para entendermos melhor a doença, é preciso falar sobre a retina e sua importância para nossa visão. A retina é um tecido fino onde a luz captada por nossos olhos é projetada, levando os estímulos ao nosso cérebro através do nervo óptico. Sem a retina, ou quando ela está danificada, perdemos parte ou toda visão
A retinopatia diabética afeta os vasos sanguíneos em nossa retina e , em seus estágios iniciais, não causa sintomas, passando despercebida pelo portado da doenças, sendo necessária sua detecção por exames, em uma consulta com um médico oftalmologista.
A retinopatia pode ser dividida em quatro partes:
- Fase inicial (não proliferativa): nesta fase, a retina sofre com microaneurismas, devido à dilatação de microvasos na retina
- Fase moderada (também não proliferativa): ocorrem bloqueios em alguns vasos sanguíneos
- Fase Severa ( também não proliferativa): nesta fase mais vasos sanguíneos são bloqueados, o que faz com que parte da retina não receba oxigênio suficiente e comece a formar mais vasos para tentar receber a nutrição devida
- Retinopatia Proliferativa: fase mais avançada, onde a retina forma vasos sanguíneos defeituosos e frágeis, que podem se romper e espalhar sangue por todo o fundo do olhos, causando a perda de visão
Durante os primeiros estágios da retinopatia, o surgimento dos bloqueios e microaneurismas não causam sintomas e o problema não pode ser identificado pelo portador da doença. Com o tempo, caso o sangue seja liberado pelo rompimento dos novos vasos sanguíneos, que são frágeis, a visão vai set tornando borrada e com muitas “manchas”, até que, nos estágios finais, acabam levando à cegueira.
A retinopatia diabética também traz consigo outros riscos associados. Os microvasos formados são frequentemente acompanhados de tecido cicatricial, pequenas cicatrizes que, ao se contraírem, repuxam o tecido fino da retina e causam outra perigosa complicação, chamada descolamento de retina, que também pode levar à cegueira, Outra razão pela qual a retinopatia pode levar à cegueira, porque pode levar a um glaucoma.
A retinopatia diabética e todas as outras complicações associadas a ela pode ser evitadas. Consulte- se anulamente com um médico oftalmologista e fique atento ao controle do diabetes!
Fonte: VejaBem | CBO em Revista