Data, lembrada nesta segunda-feira (13), pretende combater preconceito e discriminação contra pessoas albinas. Veja cuidados indicados por especialista
Com o objetivo de promover o combate ao preconceito e a discriminação contra pessoas albinas, esta segunda-feira (13) marca o Dia Internacional da Conscientização sobre o Albinismo. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014.
Especialistas explicam que o albinismo é uma condição genética hereditária, na qual os melanócitos, células responsáveis por produzir melanina (pigmento que dá cor à pele), são incapazes de “funcionar” corretamente. Assim, há falta de pigmentação na pele, pelos, cabelos e olhos.
Albina e estudante de psicologia da Universidade de Brasília (UNB), Mayara Reis descobriu a condição logo cedo, ao apresentar nistagmo – movimento involuntário que pode fazer os olhos se mexerem, rapidamente, de um lado para outro –, além das características comuns da doença, como pele, cabelo e olhos muito claros.
“Absolutamente tudo na minha vida passa pelo fato de eu ser albina, já que o albinismo não se trata apenas de uma cor de pele, e sim de uma série de características, principalmente ligadas aos olhos e à visão”, diz a universitária.
A pele no albino se apresenta branca, frágil e sensível ao sol. Isso porque a melanina confere proteção, e a escassez ou ausência da substância deixa a pele e os olhos vulneráveis. A falta de pigmentação pode ser classificada em:
Albinismo ocular: ausência total ou parcial de pigmentação dos olhos
Albinismo cutâneo: pouca ou nenhuma melanina na pele e/ou cabelos e pelos
Albinismo oculocutâneo: falta de pigmentação em olhos, pele, pelos e cabelos
“A principal causa de discriminação que já vivi foi por conta da baixa visão e da sensibilidade à luz. As pessoas não estão preparadas para lidar com a deficiência e, muitas delas, não compreendem que deficiência visual não se resume a pessoas completamente cegas”, diz a estudante.
Quais os cuidados que uma pessoa albina deve ter?
De acordo com a dermatologista Cristina Salaro, especialista no assunto pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Harvard Medical School, albinos precisam ser acompanhados regularmente por um oftalmologista e por um dermatologista, para prevenir possíveis complicações. A médica recomenda:
- Uso de chapéus ou acessórios que protejam a cabeça dos raios solares;
- Uso de roupas que protejam bem a pele, como camisas de manga comprida;
- Uso de óculos escuros, para proteger os olhos dos raios solares e para evitar a sensibilidade à luz;
- Passar filtro solar de FPS 30 ou mais, antes de sair de casa e de se expor aos sol e aos raios solares
- Fazer uso de suplemento de vitamina D, já que não é aconselhado que se exponham diretamente ao sol, e a vitamina D é importante para promover o bom funcionamento do sistema imunológico e a saúde dos ossos
Fonte: G1