As cirurgias plásticas estão em alta em tempos em que a busca pela aparência perfeita tem sido o alvo de muitos homens e mulheres. Neste contexto, a blefaroplastia promete melhorar a aparência das plásticas superiores, inferiores ou de ambas. A cirurgia proporciona aparência rejuvenescida na área ao redor dos olhos, fazendo com que o olhar pareça mais descansado e alerta.
A blefaroplastia pode ser indicada a qualquer pessoa, independente de raça ou gênero, sempre que as pálpebras apresentarem excessos tanto de pele como de gordura e músculo orbicular. Jovens com bolsas palpebrais, mulheres com dificuldade para se maquiar, idosos com peso nas pálpebras e diminuição de visual. Pessoas mais ou menos vaidosas, mas que buscam uma melhor aparência. As queixas podem variar entre estéticas e funcionais, pois qualquer excedente pode gerar aspecto de cansaço, tristeza e sonolência. Funcionalmente, são muito comuns as queixas de cansaço à leitura, sensação de peso e até diminuição de campo visual superior.
Indicações
- Estéticas: sempre que alguma queixa estética tem possibilidade de melhora
- Funcionais: quando por meio da cirurgia há melhora dos excessos e da abertura palpebral, e consequentemente da sensação de peso, cansaço e campo visual.
Sobre a cirurgia
A cirurgia geralmente é realizada com anestesia local sob sedação anestésica. Os exames pré-operatórios básicos são hemograma, glicemia e coagulograma. Em alguns casos, é necessário solicitar avaliação cardiológica com risco cirúrgico.
As complicações mais frequentes acontecem no caso de remoção excessiva da pele ou músculo orbicular, levando à retração palpebral, ectrópio e oclusão incompleta das pálpebras (logoftalmo) em vários graus. A complicação mais grave, e temida, é a cegueira, mas felizmente é uma complicação rara.
É importante sempre fazer um exame oftalmológico completo e, alguns casos, avaliar o filme lacrimal. Depois, uma minuciosa avaliação das quatro pálpebras observando equivalência, abertura das fendas , tanto vertical como horizontal, sulco palpebral (rugas ao redor dos olhos), quantidade de pele em excesso, músculo e a coloração da pele, presença de outras lesões ao mesmo tempo e também o movimento da pálpebra. Ainda tem que ser observada a posição dos supercílios, pois a alteração no seu posicionamento também influencia a posição palpebral.
No pós-operatório, o paciente deve fazer repouso e muitas compressas geladas, principalmente nos primeiros três dias, quando o inchaço é bem maior; depois podem ser mais espaçadas até a remoção dos pontos. Esse procedimento acalma e promove sensação de bem–estar ao paciente, porque incômodo maior é o inchaço, já que não há dor no pós-operatório nas blefaroplastias. Dentre as medicações prescritas, são usadas pomadas oftalmológicas para os pontos da pele e colírios, dependendo do caso.
Contraindicações
- Pacientes com alto risco cirúrgico e que não podem interromper o uso de coagulantes;
- Doentes psiquiátricos;
- Quando a expectativa de resultado do paciente é maior do que se consegue com a cirurgia. Daí vem a importância de uma consulta minuciosa e com bastante tempo para avaliar a psique do paciente.
Fonte: Revista Veja Bem