Dr. Danilo Amaral foi fonte da matéria publicada no caderno Revista da Cidade, do Jornal da Cidade, deste último final de semana. Ele abordou o tema blefarite.
Confira a matéria na íntegra:
Você sabe o que é blefarite e qual seu principal sintoma?
Essa inflamação da pálpebra não tem cura, atinge jovens e idosos, mas pode ser controlada.
A blefarite é uma das alterações oculares mais comuns no mundo (atinge cerca de 30% da população). Ocasionada pela inflamação das pálpebras, ela acontece quando as glândulas de meibomius (responsáveis pela produção de gordura) produzem mais secreção do que o necessário e acomete, em sua maioria, jovens e idosos.
De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos de Sergipe, Dr. Danilo Amaral, o principal sintoma desta doença é o prurido (coceira), mas o paciente deve ficar atento também a qualquer outra manifestação. “O paciente logo percebe os indícios da doença. Tendo destaque para a coceira nas pálpebras, que pode vir acompanhada da queimação, sensação de corpo estranho, vermelhidão, presença de crostas nos cílios e hordéolos de repetição, o popular terçol”, explica.
A blefarite é uma doença crônica e pode ter predisposição genética, é o que alerta Dr. Danilo. “A blefarite é uma doença que não tem cura, o que a gente consegue é controlar a sintomatologia. Geralmente, famílias que tem uma oleosidade aumentada do couro cabeludo, com caspas e seborréia, têm uma chance maior de ter blefarite”, diz.
Segundo o oftalmologista, a doença é sazonal e também pode ser agravada pelo emocional do paciente. “Tem fases do ano em que a blefarite está mais forte. Quando a pessoa está mais preocupada, as glândulas produzem uma maior quantidade de gordura, o que exarceba os sintomas”, comenta.
Tratamento
Nos casos mais simples, o tratamento consiste na higiene palpebral com um cotonete e solução de água morna e shampoo infantil, ou soluções de limpeza específicas para amolecer as crostas. Os antibióticos tópicos associados a corticosteróides em forma de pomadas oftálmicas, são acrescidos apenas nos casos de maior gravidade.
Procurar um oftalmologista com a presença dos primeiros sinais é de extrema importância. Apesar de facilmente tratável, caso não haja acompanhamento médico, a blefarite pode trazer uma desordem para o filme lacrimal, terçol, bolhas dolorosas e tumorações.