Extremamente importante, o mapeamento de retina (exame complementar em que todo o fundo do olho e suas estruturas são avaliados) pode contribuir para diagnósticos muito abrangentes. Em casos de tumores oculares e cânceres, o exame pode auxiliar muito para que o paciente tenha, além do diagnóstico, um tratamento que o mantenha em uma condição estabilizada.
Poder avaliar o paciente de forma direta e sem invadir o corpo é um dos benefícios desse exame, que é um instrumento muito importante para que o médico oftalmologista possa diagnosticar e avaliar a evolução de doenças oculares e tam – bém identificar problemas sistêmicos como hi – pertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, doenças neurológicas, doenças hematológicas e outras doenças causadas por alteração vascular, e orientar o paciente a buscar o especialista mais indicado para seu acompanhamento. O mapeamento de retina é um dos exames mais importantes na detecção de certos tipos de cân – ceres oculares, como o melanoma da coroide, que é assintomático no início e não apresenta si – nais externos, que possam ser percebidos a olho nu. O diagnóstico do problema pode ser comple – mentado com outros exames, como retinografia, angiografia e do ultrassom ocular. No caso do diabético, as informações geradas pelo mapeamento de retina demandam uma co – municação colaborativa entre o endocrinologista e o oftalmologista para o controle da doença, evitando alterações na retina e complicações que podem levar à cegueira.
Os bebês prematuros requerem atenção especial
De acordo com as diretrizes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria, o mapeamento de retina deve ser realizado em bebês nascidos com peso igual ou inferior a 1.500 g ou com idade igual ou inferior a 32 semanas de gestação. A avaliação é importante para uma detecção precoce da retinopatia da prematuridade, doença que ocorre na retina do bebê prematuro causada pelo desequilíbrio no fornecimento de oxigênio na parte interna do olho, provocando a formação de vasos anormais. A falta de tratamento específico pode levar a danos irreversíveis ao desenvolvimento ocular da criança e, em alguns casos, à cegueira.
Em que situações seu oftalmologista pode solicitar que você faça um mapeamento de retina?
De todos os pacientes hipertensos, diabéticos ou com doenças reumatológicas; Periodicamente, em pacientes míopes. Isso porque, nestes casos, a retina é mais frágil, por causa do crescimento do olho que é maior do que o do não míope. Esse enfraquecimento favorece ao aparecimento de lesões periféricas que, quando não tratadas, podem levar ao descolamento da retina (doença que causa perda total da visão e necessita de tratamento cirúrgico).
Fonte: Revista Veja Bem