Nos últimos anos, as chamadas fake news (ou notícias falsas) cresceram consideravelmente muito por conta da internet e das redes sociais devido ao poder de acesso às pessoas. Apesar de parecer inofensivo, o compartilhamento de informações, sem que haja a confirmação de que são verídicas, pode ter grandes consequências. No Brasil, em 2014, a disseminação de uma fake news provocou uma verdadeira tragédia. Uma mulher foi linchada até a morte por moradores da cidade do Guarujá, em São Paulo. Ela foi confundida com uma suposta sequestradora de crianças, cujo retrato falado, que havia sido feito dois anos antes, estava circulando nas redes sociais.
Quando as fake news chegam às informações relacionadas à saúde, a situação pode ser bem grave também. A disseminação de fake news do movimento antivacina, que espalha conteúdos falsos alegando que as composições químicas das vacinas são prejudiciais à população, provocou o crescimento alarmante no número de casos de doenças que já estavam até mesmo erradicadas no Brasil, assim como colocou em dúvida a eficácia da vacinação contra a Covid-19.
Em relação à saúde ocular, as fake news também podem ser bem nocivas, levando ao diagnóstico tardio de doenças graves e, consequentemente, a tratamentos ineficazes, e até mesmo à perda da visão. Na internet e nas redes sociais, não faltam informações sobre tratamentos alternativos que prometem a “cura milagrosa” de várias doenças, inclusive as oculares.
Sempre busque informações confiáveis
Não se pode acreditar em todas as informações de saúde que se lê na internet ou que se recebe no grupo do WhatsApp. Todas as informações devem ser checadas antes de serem compartilhadas ou antes de se adotar qualquer medida ou tratamento que
pode estar no conteúdo recebido. Sempre busque informações confiáveis, nos sites das sociedades médicas de especialidades, como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), de grandes hospitais e de médicos renomados.
Fique atento, nem todo mundo que se denomina “doutor” na internet é médico ou possui a especialização e a qualificação necessárias para falar sobre o tratamento de doenças. Acessando e consultando o portal do Conselho Federal de Medicina (CFM), é possível saber se a pessoa é realmente um médico.
Somente o médico oftalmologista pode avaliar a saúde de seus olhos
Lembre-se: somente o médico é o profissional capacitado e indicado para tratar problemas de saúde. No caso da saúde ocular, o médico oftalmologista é o especialista que estuda, diagnostica e trata dos olhos e suas doenças, examina o bom funcionamento da visão, além de prescrever correções para situações em que há dificuldades em enxergar.
Várias doenças oculares são consideradas silenciosas. Isso significa que somente quando estão em estágios mais avançados, que começam a aparecer os sintomas. No entanto, mesmo que não haja sintomas aparentes, o médico oftalmologista, por meio do exame clínico dos olhos, é capaz de diagnosticar precocemente essas doenças e intervir para que elas não se agravem, sem que haja complicações sérias ou até mesmo o comprometimento da visão.
Por isso, é tão importante fazer acompanhamento oftalmológico regularmente, pelo menos uma vez por ano, para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças oculares graves, que terão tratamento bem-sucedido quanto mais cedo forem descobertas. Qualquer incômodo ou sintoma que você sinta nos olhos, não hesite
em procurar um médico oftalmologista.
Fonte: Visão em foco I CBO em Revista