Vivemos em tempos nos quais estamos o tempo todo conectados a algum dispositivo. E, com a pandemia de Covid-19 e a necessidade de distanciamento social, essa situação se agravou. Seja pelo celular, tablet ou computador, passamos a viver de frente para alguma tela. O trabalho, o convívio com amigos e familiares e o estudo passaram a acontecer por meio dos diversos aplicativos, antes nem tão conhecidos. E não foi raro alguém ter tido, pelo menos uma vez durante a pandemia, problemas oculares como lacrimejamento, coceira, vermelhidão e sensação de olhos secos. Focados nas medidas de prevenção que a Covid-19 nos impôs, não houve preocupação com a saúde dos nossos olhos.
Qualquer coisa em excesso não é boa. O mesmo pode ser dito em relação ao uso de telas. É importante ter muita cautela, pois o excesso das telas pode ser um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças oculares, como os erros refrativos, principalmente a miopia, e a síndrome visual associada ao uso do computador (CVS), que faz com que os olhos percam a capacidade de produzir adequadamente a película lacrimal, que protege a córnea, e leva a um quadro de dor ocular, olhos vermelhos, sensação de corpo estranho e fisgadas. Controlar a quantidade de horas em frente aos dispositivos eletrônicos e adotar alguns hábitos podem minimizar os riscos que o uso de telas traz para a saúde. O recomendável é ficar a mais de 50 cm das telas. Outra recomendação é controlar a luminosidade das telas, evitando-as usar com brilho máximo. Ajustar os aparelhos no modo noturno também pode ajudar. Os efeitos podem ser minimizados com o uso de colírios lubrificantes, que devem ser prescritos por um oftalmologista.
Fonte: Revista VejaBem I Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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