A classificação Internacional de Doenças – versão 10 (CID 10) estabelece quatro níveis de função visual: visão normal, deficiência visual moderada, deficiência visual grave e cegueira. Uma pessoa é considerada cega não só quando apresenta incapacidade total para ver, mas também quando o prejuízo à visão se encontra em níveis incapacitantes para o exercício das tarefas de rotina, apesar de haver certos graus de visão residual. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% de todas as causas de deficiência visual seriam preveníveis ou curáveis. Isso significa que é necessário adotar medidas urgentes para reverter o quadro atual.
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% de todas as causas de deficiência visual seriam preveníveis ou curáveis.”
Estima-se que 0,75% da população brasileira seja cega. Pode parecer pouco, mas isso representa mais de 1,5 milhão de habitantes. Entre as principais causas de cegueira estão: erros de refração não corrigidos, catarata, glaucoma, retinopatia diabética e Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). Apesar de não haver formas de prevenção para todos esses casos, é possível evitar a cegueira através do diagnóstico e do tratamento precoce. Para isso, o mais importante é realizar o acompanhamento médico oftalmológico, especialmente na presença de fatores de risco.
O histórico de doenças oculares na família, por exemplo, deve servir de alerta, principalmente no caso do glaucoma, uma vez que este é um importante fator de desenvolvimento da doença. No caso da retinopatia diabética, é fundamental manter os níveis de glicemia sempre sob controle, que pode ser realizado através de medicação e da adoção de hábitos saudáveis. Quanto à catarata, apesar de não haver formas de evitar o desenvolvimento da doença, é possível prevenir a cegueira quando diagnosticada e tratada ainda nos estágios iniciais.
A prevenção da cegueira está diretamente relacionada à qualidade de vida. Não é necessário aguardar a presença de sintomas para consultar um médico oftalmologista, mesmo porque algumas doenças se desenvolvem de maneira assintomática. Quando presentes, não se deve aguardar a piora dos incômodos. Esperar a baixa da visão para buscar o médico oftalmologista pode causar perda irreversível. Não se arrisque. Visite um especialista regularmente!
Fonte: Revista VejaBem I Conselho Brasileiro de Oftalmologia Imagem: Canva