Os sintomas da conjuntivite já são conhecidos pela população. Olhos vermelhos, coceira e desconforto ao olhar para locais com luminosidade são indicativos de que você pode estar mesmo com a doença, mas apesar de conhecer bem os sintomas, será que você sabe o que é e os tipos de conjuntivite?
O que é conjuntivite
A inflamação da membrana que recobre a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras. Esta membrana é a conjuntiva. A conjuntiva pode se instalar em apenas um olho ou nos dois, e durar entre uma semana e quinze dias. A conjuntiva pode ficar inflamada por causas de diversas, por isso dizemos que a inflamação pode ser de origem bacteriana, viral ou alérgica. O problema é que independente do tipo apresentado, os sintomas parecem ser os mesmos (olhos vermelhos, irritação …), mas para cada causa há um tipo de tratamento específico. Por isso é tão importante consultar seu oftalmologista, ao invés de usar “aquele colírio” que ajudou muito em uma outra ocasião, ou que foi ótimo para o seu filho.
Conjuntivites virais e bacterianas
Em alguns aspectos os dois tipos são bastante semelhantes: começam por um dos olhos e depois, de três ou quatro dias, acometem o outro; deixam os olhos vermelhos e formam lacrimejamento em excesso. Diferentemente das bacterianas, porém, nas conjuntivites virais não há formação de pus, e sim de muco. O olho amanhece grudado e durante o dia ocorre um excesso de lágrimas. É importante ressaltar que os dois tipos são muito contagiosos. Principalmente a viral. Como o olho vermelho que não forma muita secreção engana, as pessoas não tomam cuidado e a disseminação da doença ocorre em larga escala.
O contágio ocorre por contato. A pessoa enxuga os olhos e cumprimenta alguém ou seca o rosto numa toalha que vai ser usada por mais gente e passa o vírus para os outros. Por isso, é tão importante que durante a fase aguda, e de contágio, os pacientes evitem apertar as mãos de outras pessoas, utilizem papel descartável para a limpeza dos olhos e separem toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal.Lenços de pano são desaconselhados.
A conjuntivite viral está geralmente associada com um resfriado ou garganta irritada. Bactérias como Staphylococcus e Streptococcus muitas vezes causam conjuntivite bacteriana. A gravidade de infecção depende do tipo de bactéria envolvida.
Para o tipo viral não há tratamento específico. Compressas podem ajudar o incômodo. Ao contrário do que se acredita, água boricada não deve ser usada: ela pode aliviar os sintomas da conjuntivite, mas sua composição pode provocar reação alérgica intensa. As compressas devem ser feitas com água natural ou mineral. A água deve estar fria, porque o frio ajuda a desinflamar e desinchar os olhos. Além disso, seu oftalmologista indicará colírios para reduzir o vermelho e a inflamação. Não se deve usar colírios com antibiótico em conjuntivites virais, porque não existem bactérias para matar e eles podem provocar alergia.
No caso da bacteriana, o quadro inclui a secreção purulenta (pus) que persiste ao longo do dia. Nesse caso, colírios à base de antibióticos podem ser indicados pelo seu oftalmologista. Muito raramente o tratamento inclui antibióticos via oral. Assim como o resfriado comum, a conjuntivite viral não tem cura, porém os sintomas podem ser aliviados; e, geralmente desaparece dentro de três semanas.
Conjuntivites alérgicas
Ocorrem com maior frequência em pessoas com predisposição a desenvolver alergias, mas também pode ser causada por intolerância à substâncias presentes em cosméticos, perfumes, ou drogas.
Os sintomas mais comuns da conjuntivite alérgica são: comichão nos olhos e pálpebras; olhos úmidos; olhos vermelhos; sensação de queimação e vermelhidão ao redor dos olhos; inchaço das pálpebras; visão turva; sensação de corpo estranho no olho; vontade de esfregar os olhos; olhos secos; formação de secreção no canto do olho; lacrimejamento.
Tipos de conjuntivite alérgica: sazonal e perene
Ambos se manifestam na maioria das pessoas que já apresentam outras alergias. O primeiro é associado com alergias sazonais que ocorrem geralmente durante os meses de primavera e verão.
A conjuntivite alérgica perene persiste ao longo do ano e geralmente é desencadeada por alérgenos, como pelo de animais, ácaros e mofo. Somente o médico oftalmologista pode avaliar os resultados obtidos com o colírio receitado e aconselhá-lo sobre o uso futuro. Se os sintomas parecem piorar, ligue para seu oftalmologista imediatamente.
Tratamento
Toda conjuntivite requer atenção médica. O tratamento adequado depende da causa do problema. Seu oftalmologista poderá prescrever, além de colírios, outros medicamentos antiinflamatórios, antialérgicos e compressas frias. Quem usa lente de contato deve evitá-las até o desaparecimento dos sintomas.
Fonte: Revista Veja Bem – CBO